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quinta-feira, 12 de abril de 2012

Sem Ilusões com o Irã

Por Leo Vinovezky
Faz vinte anos: na manhã de 17 de março de 1992, uma explosão ensurdecedora na Rua Arroyo, onde ficava a Embaixada de Israel em Buenos Aires, exterminou a vida de 29 pessoas e deixou 242 feridos, entre diplomatas israelenses, pacientes de um hospital geriátrico e alguns pedestres. Colegas como o ministroconselheiro David Ben Rafael, a esposa do cônsul e mãe de cinco filhos, Eliora Carmon, a secretária do embaixador, Mirta Saientz, o sacerdote Juan Carlos Brumana e o transeunte Miguel Lancieri. Uma rua, um bairro e uma cidade certamente muito apreciados pelos brasileiros. Quanto aos nossos colegas que foram mortos, temos muito o que aprender com eles: devemos lembrar que sua profissão era, principalmente, incentivar o diálogo entre os países. Que ironia! Por vários motivos, pessoais e profissionais, me sinto muito próximo a este trágico evento.
Por mais de duas décadas nós assistimos à contínua atividade terrorista disseminada no mundo, principalmente pelo Irã e seus parceiros. A Corte Suprema de Justiça da Argentina, que assumiu o caso judicial sobre o atentado na embaixada, conhece bem o grupo Jihad Islâmica, considerado terrorista pelos governos dos Estados Unidos, Reino Unido, Japão, Austrália, Israel e União Europeia. A Justiça da Argentina, igualmente, conhece, bem o Irã e o Hezbollah por terem participação no atentado à Amia (Associação Mutual Israelita Argentina), em 1994, e pediu a captura internacional de vários funcionários iranianos como, por exemplo, um de seus ministros, o da Defesa, Ahmad Wahidi, que é acusado e procurado internacionalmente, embora muitos não saibam disso.
O presidente Mahmoud Ahmadinejad segue determinado a varrer Israel do mapa e continua desenvolvendo armas nucleares e patrocinando ataques terroristas, como os ocorridos recentemente contra diplomatas israelenses na Índia, na Tailândia, na Geórgia e no Azerbaijão. Que atos de coragem, não é verdade? Além disso, embaixadores do Irã na América Latina dizem em entrevistas que o país está disposto a destruir Israel. É lamentável, mas deve ser dito: geralmente, ninguém os coloca em seus devidos lugares.
Não queremos imaginar o que seria se o Irã tivesse plena capacidade nuclear.
Não devemos deixar-nos iludir. Uma das melhores formas para isto é apoiar somente iniciativas democráticas e de liberdade. Negócios com ditaduras se pagam caro, enquanto aqueles que sofrem são o povo.
Nos últimos dias, seja na Praça Embaixada de Israel, em Buenos Aires, também conhecida como a Praça da Memória, assim como em outros pontos da cidade, milhares de pessoas, aquelas que creem na democracia e na liberdade, se reuniram para lembrar os homens e mulheres que foram covardemente assassinados sem explicação. Um festival de música com a presença de renomados artistas argentinos transformou- se em um dos eixos centrais, prestando uma emocionante homenagem. Pensei comigo mesmo que não poderia ser diferente. Uma conhecida canção, símbolo da liberdade na Argentina, diz: “Cantamos porque os sobreviventes e nossos mortos querem que cantemos.”
Leo Vinovezky é Conselheiro político e encarregado de negócios da Embaixada de Israel no Brasil.
Artigo publicado no jornal O Globo de 9 de abril de 2012.

Fonte: http://www.pletz.com/blog/

Doações (em inglês): http://www.ifcj.org/site/PageNavigator/eng/20120410_passover_stewardship_video.html?s_subsrc=EA21204XXEFXX&s_src=EM1BN1&play=true / https://secure2.convio.net/cufi/site/Donation2?2440.donation=form1&df_id=2440&JServSessionIdr004=z464dwzff2.app205a

O sangue inocente que o Irã derramou, Deus não deixará impune!
Deus proteja Israel e destrua o Irã por completo!
Shalom!

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