Exclusivo: Matt Barber defende comparação entre Auschwitz e clíninas de planejamento familiar
Matt
Barber
Recentemente, terminei de ler “Bonhoeffer”,
escrito por Eric Metaxas. O livro, uma biografia de aproximadamente 600 páginas
do influente pastor e teólogo alemão Dietrich Bonhoeffer, simplesmente mudou
minha vida. No livro, Metaxas ilustra de forma brilhante como Bonhoeffer viveu
e morreu conforme a admoestação de Cristo: “a fé sem obras é morta” (Tiago
2:20).
Dietrich Bonhoeffer, pastor luterano alemão famoso por participar de conspiração para matar o ditador Adolf Hitler |
Alemanha nazista era a própria essência da cultura da morte |
Quando li sobre os esforços de
Bonhoeffer para frustrar a matança genocida de milhões de judeus, deficientes e
outros “inimigos do Estado”, não pude evitar reconhecer os paralelos entre o
vasto holocausto executado na Alemanha nazista apenas décadas atrás e o
holocausto nos dias de hoje que está ocorrendo nos Estados Unidos.
Enquanto que os nazistas eram
responsáveis pelo assassinato indiscriminado de mais de 6 milhões de judeus, os
americanos de hoje que apoiam a prática do homicídio pelo aborto são igualmente
cúmplices da matança sistemática de 55 milhões — e contando — de seres humanos
igualmente preciosos depois de Roe versus
Wade [decisão do Supremo Tribunal dos EUA que legalizou o aborto em 1973,
permitindo hoje nos EUA o aborto durante todos os nove meses de gravidez —
desde o momento da concepção até o dia do parto]. Os paralelos são inegáveis e
a ciência é inequívoca. Assassinato é assassinato, seja qual for a fase de desenvolvimento
da vítima humana.
Mais de 50 milhões de bebês em gestação já foram abortados pela insana lei em vigor nos EUA |
“Fazer a pergunta se estamos aqui já
preocupados com um ser humano ou não é meramente confundir a questão. O fato
simples é que Deus certamente teve a intenção de criar um ser humano e que este
ser humano iniciante foi deliberadamente privado de sua vida. E isso nada mais
é do que assassinato”, concluiu ele.
Aliás, o Salmo 139:13 KJA diz: “Tu
formaste o íntimo do meu ser e me teceste no ventre de minha mãe”.
Assim, vem-me à mente que aqueles
que se chamam “pró-vida” e colocam sua fé em prática na defesa dos seres
humanos inocentes — tal qual fez Dietrich Bonhoeffer — honram a memória desse
mártir cristão e o Deus que ele servia. Eles apanharam o manto. Eles estão
prosseguindo o nobre trabalho que ele fazia.
Em contraste, se os ativistas pró-vida
são Dietrich Bonhoeffers modernos, então o que são os que apoiam o aborto? Nos
anos que precederam a 2ª Guerra Mundial e até mesmo durante a guerra, muitos
alemães — que, em outros aspectos, eram pessoas geralmente boas — sucumbiram à
propaganda nazista e aceitaram a horrenda perseguição aos judeus que se
intensificou de uma lenta ebulição até se tornar uma torrente de chuva em brasa
ao redor deles. Aliás, eles apoiavam exatamente o mesmo tipo de lixo semântico,
eufemístico desumanizador adotado por aqueles que hoje se chamam “pró-aborto” e
dizem que são simplesmente a favor do direito das mulheres “escolherem”.
É simplesmente assombrosa a
capacidade humana de desculpar o genocídio.
Em 2 de fevereiro de 2012, Eric
Metaxas fez a palestra principal no National Prayer Breakfast, evento nacional
de oração realizado todos os anos em Washington, D.C. Ele foi claramente
inspirado e influenciado pelo assunto de sua recente biografia.
Na mesma plataforma, a poucos
passos, estava Barack Obama, o presidente mais radicalmente pró-aborto da
história dos EUA. Numa exibição espetacular de determinação e coragem, Metaxas
caminhou até o president e lhe entregou um exemplar de “Bonhoeffer”. Ele então
deu um dos discursosmais fortes e estimulantes que já ouvi.
Embora o presidente Obama estivesse
se contorcendo nervosamente em sua cadeira, Metaxas falou sobre seu livro e
sobre o holocausto do aborto com clareza incisiva, dizendo, em parte: “Somos
capazes das mesmas coisas horríveis… Sem Deus, não podemos ver que eles (os
bebês em gestação) são também pessoas. Portanto, nós que sabemos que os bebês
em gestação são seres humanos temos ordens de Deus de amar aqueles que não veem
isso. Precisamos saber que sem Deus estaríamos do outro lado dessa linha
divisória, lutando pelo que acreditamos ser certo. Não podemos demonizar nossos
inimigos. Hoje, se você crê que o aborto é errado, você precisa tratar aqueles
que estão do outro lado com o amor de Jesus”.
Aliás, a Bíblia nos admoesta a orar
por nossos inimigos — amar aqueles que praticam o mal.
Contudo, temos também ordens de
falar a verdade. Somos instruídos a odiar aquilo que é mau e lutar — na
verdade, lutar até a morte se necessário — por aquilo que é bom.
Sem dúvida, serei acusado de
demonizar os apoiadores do aborto ao igualar o genocídio do aborto ao
Holocausto nazista. Serei acusado de violar a “lei de Godwin” que sustenta que:
“Se uma discussão na Internet se prolonga por algum tempo, a chance de
aparecerem comparações envolvendo Hitler ou nazistas se aproxima de 100%.”.
Tudo bem.
Entretanto, minha comparação não
tem a intenção de ser um ataque contra pessoas. Aliás, não é um ataque. É
simplesmente o que é. Identificar a inegável combinação entre o holocausto
nazista e o holocausto do aborto nos EUA respectivamente para fazer uso da
melhor analogia disponível. Não consigo pensar numa comparação mais apropriada.
Se o calçado serve, como se diz, use-o.
De fato, o holocausto que os EUA
estão cometendo não é menos real — não é menos maligno do que o holocausto que
foi cometido pelo governo nazista. Simplesmente trocamos as câmaras de gás
pelas clínicas de aborto — de Auschwitz para a Federação de Planejamento
Familiar.
Eu amo os Estados Unidos. É o maior
país da terra. Apesar disso, enquanto os EUA continuarem permitindo essa
matança contínua dos seres humanos mais inocentes entre nós, os EUA não são
melhores do que a Alemanha nazista. O aborto legal será visto pelos nossos
descendentes como a maior praga na herança dos EUA.
Viver com o aborto legal nos EUA é
viver debaixo de vergonha. Viver debaixo da liderança de Obama e outros políticos
americanos pró-aborto é viver sob o Terceiro Reich.
Comentário
de Julio Severo: Este artigo levou-me a uma importante pergunta. Sei, como seguidor de
Jesus Cristo, que temos de amar nossos inimigos. Mas, ao usar o exemplo de
Bonhoeffer, Barber entrou num território complexo. Bonhoeffer também cria que
ele devia amar seus inimigos. E ele os amava. Mas, ao mesmo tempo, ele lutou
ativamente para derrubar Hitler e ele ajudou ativamente o movimento para matar
Hitler. Se os EUA e seu horrendo holocausto do aborto são tão malignos quanto a
Alemanha nazista era, conforme indicou Barber, os cristãos americanos deveriam
fazer menos do que Bonhoeffer e seus corajosos companheiros fizeram?
Fonte:
www.juliosevero.com
Respondendo ao Julio Severo: Pra mim depende! Nós devemos orar pra Deus, para perguntar-lo o que devemos fazer neste caso, e fazemos o que Ele pedir.
Mais informações (em inglês): http://www.ericmetaxas.com/blog/the-blurb-worth-a-thousand-words/
Mais informações em português e petições: http://israelemportugues.blogspot.com/2012/07/abortoholocausto.html
Se você não é a favor das atrocidades de Hitler, não seja a favor do ABORTO!
Pense nisso e Shalom!
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