Primeira Resposta:
Leia abaixo o artigo-resposta A “solução final”, versão iraniana de
autoria do jornalista Clovis Rossi, publicado originalmente na Folha de
S.Paulo.
Ali Mohaghegh, primeiro-secretário da Embaixada do Irã no Brasil, usou ontem
as páginas desta Folha para proclamar a versão iraniana da “solução final” para
os judeus. Escreveu: “Sem dúvida, não haverá nenhum lugar na região para os
sionistas no futuro”.
Adolf Hitler orgulhar-se-ia desse seu discípulo tardio.
Se fosse apenas a opinião de um funcionário subalterno louco para agradar
seus chefes, os aiatolás, já seria uma atitude nefanda. Mas, nos últimos dias,
as duas mais altas autoridades iranianas, o presidente Mahmoud Ahmadinejad, e o
líder supremo, Ali Khamenei, fizeram declarações que são bastante similares.
(Líder supremo é nomenclatura que lembra “Führer, não por acaso, aliás).
A pregação do extermínio dos judeus é tão odiosa, por si só, que torna
dispensável analisar o argumento do diplomata iraniano do ponto de vista da
legislação internacional. Mesmo assim, não custa lembrar que o “lugar na região”
para o Estado de Israel foi determinado pela Assembleia-Geral das Nações Unidas,
em reunião, de resto, presidida por um brasileiro, Osvaldo Aranha.
Não custa também lembrar que, há dois anos, depois de percorrer o Yad Vashem,
o Museu do Holocausto, em Jerusalém, o então presidente Luiz Inácio Lula da
Silva saiu recomendando que todos os governantes deveriam visitar o local, para
aprender o que pode acontecer “quando o ser humano é dominado pela
irracionalidade”.
Pois é, Lula, pois é, Dilma, vê-se que governantes e diplomatas de um país
amigo continuam a ser dominados pela irracionalidade, dispostos a reeditar o
Holocausto, setenta e alguns anos depois de ter se iniciado a versão
anterior.
Há um efeito colateral nesse delírio odioso: estimula a irracionalidade do
outro lado.
Israel está inundado pela discussão em torno de atacar ou não o Irã, para
evitar que a ditadura teocrática consiga a bomba atômica.
“Há uma histeria orquestrada para colocar o país em estado de ansiedade,
artificial ou não”, disse no fim de semana ao jornal “Haaretz” Ury Saguy,
ex-chefe da inteligência militar.
Histeria facilitada pelo fato de que o governo anuncia distribuição em massa
de máscaras de gás e ainda está testando um sistema de aviso de ataque por
SMS.
É razoável supor que a orquestração, se é que é só isso, tenha como objetivo,
na verdade, funcionar como pressão sobre os Estados Unidos para que se decidam a
atacar o Irã sem que Israel se antecipe.
Já escrevi neste mesmo espaço que compreendo a angústia de tanta gente com a
perspectiva de que uma ditadura teocrática tenha a bomba atômica, mas
acrescentei que, mesmo assim, a única “solução final” é negociar, negociar e
negociar de novo.
Mas, diante da irracionalidade de autoridades iranianas, fica difícil
pretender que o outro lado seja racional. Se seu vizinho diz que não há lugar
para você na região que habita, você também não pensaria que é melhor, antes,
tirar o lugar dele?
Pode ser um pensamento horrível, mas seres humanos tornam-se mesmo horríveis
quando a irracionalidade se impõe.
Clóvis Rossi é repórter especial e membro do Conselho Editorial da Folha,
ganhador dos prêmios Maria Moors Cabot (EUA) e da Fundación por un Nuevo
Periodismo Iberoamericano. Assina coluna às terças, quintas e domingos no
caderno “Mundo” da Folha de S.Paulo. É autor, entre outras obras, de “Enviado
Especial: 25 Anos ao Redor do Mundo e “O Que é Jornalismo”.
Segunda Resposta:
Desta vez a resposta foi dada pelos jornalistas Salomão Schvartzman e Zevi
Ghivelder através do artigo “Oriente Médio, hoje”. Leia…
“Diplomacia é a ciência daqueles que nenhuma ciência têm, daqueles que são
profundos pelo próprio vazio.” (Balzac)
Ao propor a erradicação de um país, o diplomata do Irã supera o nazismo. E a
Palestina nunca foi uma nação, Israel só ocupou tal território após ser
atacado.
Anteontem, a Folha de S.Paulo publicou um artigo assinado pelo
primeiro-secretário da embaixada do Irã no Brasil, Ali Mohaghegh, sob o título
“O futuro do Oriente Médio”, que traz um conteúdo alarmante: de forma explícita,
um país soberano exorta a erradicação de outro país soberano. Nem o nazismo se
atreveu a tanto.
A sequência de erros e omissões contida no referido texto é de uma ridícula
desfaçatez.
O autor cita a chamada primavera árabe como um movimento contra Israel e os
Estados Unidos, quando justamente o que mais chamou a atenção foi o fato de que
não houve, no Cairo, em Tripoli ou em Tunis, por ocasião das rebeliões
populares, queima de bandeiras americanas ou israelenses, tantas vezes já
vistas, sobretudo em Teerã.
Quanto ao ataque cometido por um pequeno grupo de vândalos contra a embaixada
de Israel no Cairo, esta foi reprimida pelas próprias autoridades egípcias.
O senhor primeiro-secretário da Embaixada da República Islâmica do Irã no
Brasil afirma que Israel desrespeita as resoluções das ONU. Pois o desrespeito
maior aconteceu quando a Assembleia-Geral aprovou a partilha da antiga Palestina
e, no ano seguinte, logo após a proclamação do Estado de Israel, a nova nação
foi invadida por seis exércitos hostis.
No que toca ao não cumprimento da sempre citada resolução número 242, segundo
a qual Israel deveria se retirar dos territórios ocupados, omite-se o texto
completo, que diz: “…para que Israel possa viver em paz em fronteiras
reconhecidas e livre de ameaças de atos de força”. Depois de exaustivas
negociações entre israelenses e palestinos, no decorrer de mais de 40 anos, as
ditas fronteiras seguras jamais foram reconhecidas. No que toca à renúncia aos
atos de força, basta contar o número dos milhares de mísseis disparados contra
Israel oriundos da faixa de Gaza e do sul do Líbano.
O artigo do diplomata iraniano faz uma revelação surpreendente quando diz que
“o despertar islâmico alcançou superioridade estratégica com relação aos
sionistas”. O que vem a ser superioridade estratégica? Os atentados terroristas?
Os foguetes disparados contra populações civis? O contínuo empenho iraniano em
dispor de armas de destruição em massa?
O autor do texto afirma que Israel atravessa uma instabilidade interna, o que
é verdade em função de sua democracia, com governo na maioria e oposição na
minoria. Eis algo desconhecido nos demais países do Oriente Médio, com especial
destaque para o regime dos aiatolás.
Como diplomata, o senhor Mohaghegh deve conhecer a frase de Ambrose Bierce:
“Diplomacia é a arte patriótica de mentir pelo próprio país”.
Lê-se, ainda, no referido artigo, que os palestinos devem recuperar os seus
direitos. Neste ponto, vale uma sucinta lição de história.
Durante 500 anos, o território palestino foi ocupado pelo Império Otomano.
Depois, de 1920 a 1948, esteve sob mandato britânico. De 1948 a 1967, os
palestinos se ornaram súditos do rei da Jordânia -onde, aliás, foram massacrados
e enxotados por ocasião do Setembro Negro.
Seus proclamados direitos não têm antecedentes. A Palestina jamais foi uma
nação autônoma com um respectivo governo, jamais teve capital, instituições
independentes ou moeda própria. Tais direitos só afloraram após a ocupação da
Cisjordânia por Israel.
Por que a ocupação? Porque Egito, Jordânia e Síria perderam uma guerra que
iniciaram e tiveram parte de seus territórios invadidos. Foi o que aconteceu,
por exemplo, com a Alemanha nazista cuja capital, Berlim, ficou longo tempo sob
ocupação dos aliados.
Enfim, o antissemitismo prega que o judeu não tem lugar na sociedade. O
antissionismo prega que Israel não tem lugar no mundo. Ou será que
antissemitismo e antissionismo têm a mesma raiz?
SALOMÃO SCHVARTZMAN, 78, jornalista e sociólogo, é colunista da BandNews
FM e da BandNews TV. Foi diretor da sucursal paulista da revista
“Manchete”
ZEVI GHIVELDER, 78, jornalista, foi diretor do Grupo Manchete. É
autor do romance “As Seis Pontas da Estrela” (editora Arx)
FONTE: http://www.pletz.com/blog/
Petição ajudar Israel (em inglês): http://aclj.org/israel/demand-president-obama-defend-israel-iranian-attacks
Eventos e outras coisas especiais (em inglês): http://www.iiacf.org/images/uploads/Chairmans_Conference_Sponsorships.pdf / http://www.ifcj.org/site/PageNavigator/eng/sfi_2012_toolkit.html
Doações (em inglês): https://secure2.convio.net/ifcj/site/SPageNavigator/sfi_2012_petition_donation.html?autologin=true&s_subsrc=EA11208XXEAXX&s_src=SFIEM1TL3 / http://aclj.org/israel/defend-israel-us-from-nuclear-iran
Ou a Folha se retrata, ou devemos ter um bom senso de não ler nem comprar este jornal anti-semita e terrorista!?
DEUS ABENÇOE ISRAEL E TODOS OS JUDEUS NO MUNDO!
SHALOM!
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ResponderExcluirI’ve been a follower on your blog for a while now and would like to invite you to visit and perhaps follow me back. Sorry I took so long for the invitation.